quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EXAME Prévia - Edição 976

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O valor da democracia

Ao longo dos últimos 15 anos, a estabilidade da moeda tornou-se um valor inegociável da sociedade brasileira. E é vital que assim seja. A poucos dias do primeiro turno das eleições presidenciais, não há candidato com alguma chance real de vitória que levante a voz contra os bons fundamentos da economia. Fica claro que qualquer postura diferente nesse sentido seria suicídio político. A sociedade brasileira assumiu a estabilidade econômica como uma conquista, um valor que deve ser cultivado e preservado. O mesmo pode ser dito sobre a democracia? É verdade que viver num país regido pela arbitrariedade é inconcebível para a maioria dos brasileiros. Mas até que ponto a sociedade está disposta a tolerar que certos fundamentos democráticos sejam desprezados ou subvertidos? Os episódios recentes envolvendo a quebra de sigilo no seio da Receita Federal devem provocar esse tipo de reflexão. Mais de duas décadas após a redemocratização do país, fica evidente a confusão entre os papéis do Estado, do governo e de partidos políticos. Em uma democracia estabelecida e solidificada, o uso de uma instituição do Estado para servir a interesses de governos ou de facções partidárias é inconcebível. É preocupante que o inegável desenvolvimento econômico do país e o legítimo desejo de mais prosperidade transformem a defesa intransigente da democracia - com liberdade de iniciativa, ideias e expressão e governos que representem todos, e não segmentos da sociedade - em algo secundário ou que possa ser adiado. No jogo democrático, não podem existir concessões sustentadas por popularidade política. Não existe meia liberdade - ou liberdade apenas para alguns eleitos. Ao assumir a estabilidade econômica como um valor, demos passos importantes rumo ao desenvolvimento. Será preciso fazer o mesmo com a democracia se quisermos seguir adiante.


CLÁUDIA VASSALLO


O poder da SuperPetrobras
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Por anos, o terceiro setor recebeu críticas do mundo corporativo. Agora, argumenta um novo livro, chegou a hora de os empresários ouvirem o que as ONGs têm a dizer
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"Precisamos ser mais globais"
O presidente mundial do grupo francês PSA, dono das marcas Peugeot e Citroën, conta como pretende tornar a montadora menos europeia - e qual o papel do Brasil
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Edição 976
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